Base histórica:
O aparecimento dos blindados proporcionou inicialmente apoio à infantaria. Mas com seu desenvolvimento e melhoria tornou-se difícil que esta os acompanhasse o que não permitia a manutenção do terreno conquistado. Com a invenção das armas anti-carro e sua evolução, a relação inicial acabou por tornar-se de apoio mútuo, sendo necessária a colaboração desta para a eliminação de ameaças nas áreas onde operavam os blindados.
O aparecimento dos blindados proporcionou inicialmente apoio à infantaria. Mas com seu desenvolvimento e melhoria tornou-se difícil que esta os acompanhasse o que não permitia a manutenção do terreno conquistado. Com a invenção das armas anti-carro e sua evolução, a relação inicial acabou por tornar-se de apoio mútuo, sendo necessária a colaboração desta para a eliminação de ameaças nas áreas onde operavam os blindados.
Nesta situação a infantaria ficava bastante exposta e não conseguia acompanhar a velocidade de deslocamento. Portanto começou-se a estudar métodos que proporcionassem proteção e velocidade.
Foram utilizados numerosos tipos de veículos para que se pudesse alcançar estes objetivos. Aos caminhões faltava a proteção blindada e a capacidade de deslocar-se em qualquer terreno. Desenvolveram-se então veículos mistos os meia-lagarta que tinham melhor proteção e capacidade de deslocamento por terrenos difíceis, mas ainda inferiores aos carros de combate.
Este tipo de veículo teve seu maior desenvolvimento na Alemanha com os modelos Sdkfz 250 e 251 e nos Estados Unidos com os modelos M2 e M3.
Os M3 apesar de inicialmente terem recebido o apelido de "purple heart boxes" (numa referência à condecoração americana por ferimento em combate), tiveram bastante sucesso permanecendo em operação até a guerra do Yom Kippur nas Forças de defesa de Israel (IDF).
Foto: Sdkfz 251.
Fonte: Bundesarchiv.
Foto: Um M3 half-track do Exército Brasileiro.
Fonte: Coleção do autor.
É atribuida a idéia da criação das VBTP (viatura blindada de transporte de pessoal) ao Ten. Gen. Guy Simonds do 1o Exército Canadense, sob o comando do Gen. H. Crerar, como uma forma de diminuir suas perdas já que suas reservas de infantaria eram escassas. Segundo Mason a idéia da infantaria blindada já existia mas não havia sido efetivamente implementada.
Após autorização dos americanos, donos do equipamento, foram retirados os canhões 105 mm. de 102 M7 Priests dos regimentos de artilharia da 3a Div. de Infantaria Canadense e soldadas placas de aço em suas aberturas. Originalmente estes veículos foram chamados de "Padres sem batina" (defrocked priests) depois tomaram a denominação de Kangaroos. Na literatura encontram-se três explicações para o nome: na primeira, Kangaroo seria o código da oficina de campo que realizou as modificações, na segunda, seria o nome da própria operação (Grodzinski) e na terceira uma referência ao animal pelo transporte de seus filhotes na bolsa.
Este tipo de veículo teve seu maior desenvolvimento na Alemanha com os modelos Sdkfz 250 e 251 e nos Estados Unidos com os modelos M2 e M3.
Os M3 apesar de inicialmente terem recebido o apelido de "purple heart boxes" (numa referência à condecoração americana por ferimento em combate), tiveram bastante sucesso permanecendo em operação até a guerra do Yom Kippur nas Forças de defesa de Israel (IDF).
Foto: Sdkfz 251.
Fonte: Bundesarchiv.
Foto: Um M3 half-track do Exército Brasileiro.
Fonte: Coleção do autor.
É atribuida a idéia da criação das VBTP (viatura blindada de transporte de pessoal) ao Ten. Gen. Guy Simonds do 1o Exército Canadense, sob o comando do Gen. H. Crerar, como uma forma de diminuir suas perdas já que suas reservas de infantaria eram escassas. Segundo Mason a idéia da infantaria blindada já existia mas não havia sido efetivamente implementada.
Após autorização dos americanos, donos do equipamento, foram retirados os canhões 105 mm. de 102 M7 Priests dos regimentos de artilharia da 3a Div. de Infantaria Canadense e soldadas placas de aço em suas aberturas. Originalmente estes veículos foram chamados de "Padres sem batina" (defrocked priests) depois tomaram a denominação de Kangaroos. Na literatura encontram-se três explicações para o nome: na primeira, Kangaroo seria o código da oficina de campo que realizou as modificações, na segunda, seria o nome da própria operação (Grodzinski) e na terceira uma referência ao animal pelo transporte de seus filhotes na bolsa.
O resultado final foi um veículo sobre lagartas com a blindagem e características de movimento do M4 Sherman que podia transportar 12 soldados.
Foram utilizados pela primeira vez durante a Operação "Totalize" ao sul de Caen em 08 de agosto de 1944. Estes veículos permitiram que a infantaria avançasse rapidamente e desembarcasse a apenas 180 m. de seu ojetivo nas cidades de Cramesnil e Saint-Aignan de Cramesnil.
Os canadenses passaram a seguir a fazer estas modificações em outros veículos como o carro de combate Ram de fabricação própria. Este modelo de Kangaroo (Ram Kangaroo) é mais comum de ser encontrado.
Foram utilizados pela primeira vez durante a Operação "Totalize" ao sul de Caen em 08 de agosto de 1944. Estes veículos permitiram que a infantaria avançasse rapidamente e desembarcasse a apenas 180 m. de seu ojetivo nas cidades de Cramesnil e Saint-Aignan de Cramesnil.
Os canadenses passaram a seguir a fazer estas modificações em outros veículos como o carro de combate Ram de fabricação própria. Este modelo de Kangaroo (Ram Kangaroo) é mais comum de ser encontrado.
Foto: Um alinhamento de Kangaroos canadenses na operação Totalize.
Foto: Um Ram Kangaroo com seus fuzileiros.
Fonte: www.stijdbewijs.nl/tanks/sherman/m4eng2.htm
Uma crítica a todos os modelos citados até aqui era o fato de serem abertos em cima o que facilitava o ataque a guarnição. Isto só seria solucionado com a criação no pós-guerra de blindados como o M113, o BMP1 entre outros.
Modelo:
O modelo utilizado é o Priest Kangaroo da Italeri. Foram feitas algumas modificações conforme a pesquisa realizada.
Em primeiro lugar os faróis foram reposicionadas de seu local usual no casco do Sherman para o alto do casco, conforme as fotos. Consequentemente é necessário a modificação das guardas dos faróis Placas de blindagem foram adicionadas na frente tendo em vista que a retirada do canhão deixava o atirador da .50 exposto pela sua esquerda.
Foto: O modelo em montagem com a adição da proteção blindada descrita e reposicionamento dos faróis. A placa no local do canhão foi alongada conforme as fotos encontradas durante a pesquisa.
As placas de blindagem adicionadas nas laterais também foram modificadas pois embora algumas tenham sido colocadas com dobradiças muitas foram apenas fixadas tendo em vista que os fuzileiros desembarcavam preferencialmente pela traseira do veículo.
Foto: O modelo já com as guardas dos faróis e as placas laterais. Note-se que a placa esquerda foi retrabalhada, apresentando uma indentação como a da foto do carro real. Uma primeira mão de tinta já foi aplicada.
Obras consultadas:
Grodzinski, John R. "Kangaroos at war" The history of 1st Canadian Armored Personnel Carrier regiment. Canadian Military History, vol 4. number 2. 1995.
Gudmundson, Bruce I. On armor. London. Praeger. 2004.
Johnson, Kevin. It came from Canada. Military in scale. mar 2002, 20-22.
Mason, David. Normandia. Rio de Janeiro. Renes 1972.
www.canadiankangaroos.ca
www.wikipedia.org/wiki/kangaroo_APC
www.wikipedia.org/wiki/Operation_Totalize
Foto: Um Ram Kangaroo com seus fuzileiros.
Fonte: www.stijdbewijs.nl/tanks/sherman/m4eng2.htm
Uma crítica a todos os modelos citados até aqui era o fato de serem abertos em cima o que facilitava o ataque a guarnição. Isto só seria solucionado com a criação no pós-guerra de blindados como o M113, o BMP1 entre outros.
Modelo:
O modelo utilizado é o Priest Kangaroo da Italeri. Foram feitas algumas modificações conforme a pesquisa realizada.
Em primeiro lugar os faróis foram reposicionadas de seu local usual no casco do Sherman para o alto do casco, conforme as fotos. Consequentemente é necessário a modificação das guardas dos faróis Placas de blindagem foram adicionadas na frente tendo em vista que a retirada do canhão deixava o atirador da .50 exposto pela sua esquerda.
Foto: O modelo em montagem com a adição da proteção blindada descrita e reposicionamento dos faróis. A placa no local do canhão foi alongada conforme as fotos encontradas durante a pesquisa.
As placas de blindagem adicionadas nas laterais também foram modificadas pois embora algumas tenham sido colocadas com dobradiças muitas foram apenas fixadas tendo em vista que os fuzileiros desembarcavam preferencialmente pela traseira do veículo.
Foto: O modelo já com as guardas dos faróis e as placas laterais. Note-se que a placa esquerda foi retrabalhada, apresentando uma indentação como a da foto do carro real. Uma primeira mão de tinta já foi aplicada.
A pintura foi realizada com a tinta Khaki drab da Tamiya (XF-51).
Obras consultadas:
Grodzinski, John R. "Kangaroos at war" The history of 1st Canadian Armored Personnel Carrier regiment. Canadian Military History, vol 4. number 2. 1995.
Gudmundson, Bruce I. On armor. London. Praeger. 2004.
Johnson, Kevin. It came from Canada. Military in scale. mar 2002, 20-22.
Mason, David. Normandia. Rio de Janeiro. Renes 1972.
www.canadiankangaroos.ca
www.wikipedia.org/wiki/kangaroo_APC
www.wikipedia.org/wiki/Operation_Totalize
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