O Hetzer foi um dos últimos desenvolvimentos alemães na classe dos canhões de assalto/caça tanques durante a segunda guerra mundial. Após o fim da guerra continuou sendo utilizado pela Tcheco-Eslováquia e pela Suíça.
Existe alguma controvérsia a respeito de seu nome, Hetzer, (que pode ser traduzido como "tocaieiro") ser oficial ou não. Encontram-se também referências quanto ao "apelido" de Pato de Guderian (Guderian's duck), como citado por Gudmundsson.
Base histórica:
O uso de canhões de assalto na função de destruidores de tanques (caça-tanques), pelos alemães, foi bastante bem sucedido. A medida que estes passavam da ofensiva para a defensiva, este tipo de arma era cada vez mais requisitada.
Quase todos os chassis produzidos ou usados pelos alemães foram montados com versões caça-tanques, fechadas ou não. É o caso dos Marders, montados sobre o chassi francês (Marder I), do Pzkpfw II (Marder II) e do Pzkpfw 38t (Marder III) e também do Nashorn, montado no chassi do Pzkpfw IV. Todos abertos em sua parte superior.
O uso do chassi do Pzkpfw III produziu o Stug III, que após dotado de um canhão capaz de dar combate á tanques, provou ser uma arma extremamente eficiente.
Uma boa quantidade dos chassis do Pzkpfw III foram desviadas para a produção dos Stug III, antes mesmo que o tanque tivesse sua produção encerrada. O Stug III era totalmente fechado o que lhe conferia melhor proteção à tripulação e um perfil mais baixo.
A medida que a demanda por estes veículos ia aumentando, começou a se usar o chassi do Pzkpfw IV para a produção de caça-tanques, bem como os do Panther e do Tiger.
Neste momento o Gen. Heinz Guderian era contrário ao desvio dos chassis dos tanques Pzkpfw IV para a produção de canhões de assalto/caça-tanques. Porém, devido a grande necessidade de blindados no campo de batalha para o fim específico de dar combate aos blindados inimigos e ao sucesso do Stug III, passou a advogar a criação de um caça-tanques sobre o chassi do Pzkpfw 38t, chassi este, extremamente confiável e testado. Guderian em seu livro Panzer Leader comenta que a decisão de tornar a produção total da linha de montagem do Pzkpfw 38t em caça tanques ocorreu em 7 de dezembro de 1943, os quais teriam uma blindagem bem inclinada.
O projeto teve inspiração no Maresal romeno. sobre o chassi foi montado um compartimento totalmente fechado com um canhão de 75 mm PAK 39 L/48 sem seu freio de boca, desviado da linha média para a direita. Possuia também uma metralhadora MG34 controlada de dentro do carro, montada em seu teto.
Foto: O Hetzer do Patton Museum.
As modificações adicionaram em torno de 5 toneladas ao peso original do Pzkpfw 38t. Isto sobrecarregou sua suspensão, sendo feitas modificações como a colocação de rodas maiores e lagartas mais largas.
Outros problemas em seu desenho eram a pouca deriva horizontal de seu canhão, 11 graus para a direita e 8 para a esquerda (lembrar que o canhão era à direita da linha média do tanque e seu chassi estreito) e a blindagem fina em suas laterais.
Foi produzido em uma razoável quantidade, principalmente nas fábricas BMM e Skoda, servindo em todas as frentes com as tropas alemãs. Devido a seu pequeno tamanho e armamento poderoso foram bastante eficientes na luta contra outros blindados.
Foto: Um Hetzer da 2a Div. Panzer SS Das Reich.
Foto: Um Hetzer no campo de batalha, não podendo ser identificada a unidade.
Apenas a título de comparação a abordagem dos aliados ocidentais foi um pouco diferente da dos alemães. Também usaram os chassis de tanques existentes mas montaram canhões em torres abertas para que se mantivesse a capacidade de deriva horizontal. Exemplos destes são o M10, o M36, o M18 e o Achilles. Já os russos também usaram chassis sem torre como o SU76, SU85 e o JSU122.
A abordagem russa e alemã pode ser explicada pela enorme demanda de blindados na frente oriental, portanto o caça-tanques sem torre, mais simples e rápido de se produzir era uma opção.
Foto: Um Hetzer Suíço, com um detalhe pouco usual, a presença de um freio de boca.
Modelo:
O modelo que possuo é o fabricado pela Italeri, um modelo muito antigo, sem grandes diferenciais. O da Dragon é bem mais detalhado.
Alguns trens foram adicionados para aumentar sua verossimilhança, como lonas, uma roda sobressalente (como na foto do Patton Museum).
O modelo nào traz nem o macaco nem o periscópio de mira do canhão, sendo utilizado um macaco de um set de detalhamento da Italeri e o periscópio produzido por scratchbuild.
Foto; O periscópio do aparelho de pontaria do canhão, produzido com plástico e metal.
As lagartas precisam ser pintadas pois são prateadas.
O esquema de pintura dos Hetzers é bastante variado, dependendo de sua fabricação e usuário (como por exemplo a Suíça).
A pintura escolhida foi o esquema de emboscada, composto de dark yellow, red brown e olive green, todos da Tamiya.
Foto: O modelo completo pronto para receber os trens e o wheathering.
O wheathering aplicado no modelo consite de um wash de Deck Tan da Tamiya (XF-55), para lhe conferir uma aparência empoeirada. Um pin-wash com tinta à óleo raw umber (sombra natural) aplicado nos rebites e outras saliências do modelo. E manchas escorridas (rain marks) em tinta à óleo raw umber, burnt umber e laranja.
Foto: O modelo com o wheathering aplicado. Note-se a aparência empoeirada, com marcas de escorrido e o pin wash nos rebites e saliências.
Foto: Um close do modelo com os detalhes do wheathering.
Obras consultadas:
Edmundsson, Gary. Modelling the jagdpanzer 38 (t) "Hetzer". Oxford. Osprey. 2004.
Grove, Eric. World war II tanks. London. Orbis. 1976.
Guderian, Heinz. Panzer leader. New York. Ballantine. 1967.
Gudmundson, Bruce I. On armor. London. Praeger. 2004.
www.wikipedia.org/wiki/Hetzer
Quase todos os chassis produzidos ou usados pelos alemães foram montados com versões caça-tanques, fechadas ou não. É o caso dos Marders, montados sobre o chassi francês (Marder I), do Pzkpfw II (Marder II) e do Pzkpfw 38t (Marder III) e também do Nashorn, montado no chassi do Pzkpfw IV. Todos abertos em sua parte superior.
O uso do chassi do Pzkpfw III produziu o Stug III, que após dotado de um canhão capaz de dar combate á tanques, provou ser uma arma extremamente eficiente.
Uma boa quantidade dos chassis do Pzkpfw III foram desviadas para a produção dos Stug III, antes mesmo que o tanque tivesse sua produção encerrada. O Stug III era totalmente fechado o que lhe conferia melhor proteção à tripulação e um perfil mais baixo.
A medida que a demanda por estes veículos ia aumentando, começou a se usar o chassi do Pzkpfw IV para a produção de caça-tanques, bem como os do Panther e do Tiger.
Neste momento o Gen. Heinz Guderian era contrário ao desvio dos chassis dos tanques Pzkpfw IV para a produção de canhões de assalto/caça-tanques. Porém, devido a grande necessidade de blindados no campo de batalha para o fim específico de dar combate aos blindados inimigos e ao sucesso do Stug III, passou a advogar a criação de um caça-tanques sobre o chassi do Pzkpfw 38t, chassi este, extremamente confiável e testado. Guderian em seu livro Panzer Leader comenta que a decisão de tornar a produção total da linha de montagem do Pzkpfw 38t em caça tanques ocorreu em 7 de dezembro de 1943, os quais teriam uma blindagem bem inclinada.
O projeto teve inspiração no Maresal romeno. sobre o chassi foi montado um compartimento totalmente fechado com um canhão de 75 mm PAK 39 L/48 sem seu freio de boca, desviado da linha média para a direita. Possuia também uma metralhadora MG34 controlada de dentro do carro, montada em seu teto.
Foto: O Hetzer do Patton Museum.
As modificações adicionaram em torno de 5 toneladas ao peso original do Pzkpfw 38t. Isto sobrecarregou sua suspensão, sendo feitas modificações como a colocação de rodas maiores e lagartas mais largas.
Outros problemas em seu desenho eram a pouca deriva horizontal de seu canhão, 11 graus para a direita e 8 para a esquerda (lembrar que o canhão era à direita da linha média do tanque e seu chassi estreito) e a blindagem fina em suas laterais.
Foi produzido em uma razoável quantidade, principalmente nas fábricas BMM e Skoda, servindo em todas as frentes com as tropas alemãs. Devido a seu pequeno tamanho e armamento poderoso foram bastante eficientes na luta contra outros blindados.
Foto: Um Hetzer da 2a Div. Panzer SS Das Reich.
Foto: Um Hetzer no campo de batalha, não podendo ser identificada a unidade.
Apenas a título de comparação a abordagem dos aliados ocidentais foi um pouco diferente da dos alemães. Também usaram os chassis de tanques existentes mas montaram canhões em torres abertas para que se mantivesse a capacidade de deriva horizontal. Exemplos destes são o M10, o M36, o M18 e o Achilles. Já os russos também usaram chassis sem torre como o SU76, SU85 e o JSU122.
A abordagem russa e alemã pode ser explicada pela enorme demanda de blindados na frente oriental, portanto o caça-tanques sem torre, mais simples e rápido de se produzir era uma opção.
Foto: Um Hetzer Suíço, com um detalhe pouco usual, a presença de um freio de boca.
Modelo:
O modelo que possuo é o fabricado pela Italeri, um modelo muito antigo, sem grandes diferenciais. O da Dragon é bem mais detalhado.
Alguns trens foram adicionados para aumentar sua verossimilhança, como lonas, uma roda sobressalente (como na foto do Patton Museum).
O modelo nào traz nem o macaco nem o periscópio de mira do canhão, sendo utilizado um macaco de um set de detalhamento da Italeri e o periscópio produzido por scratchbuild.
Foto; O periscópio do aparelho de pontaria do canhão, produzido com plástico e metal.
As lagartas precisam ser pintadas pois são prateadas.
O esquema de pintura dos Hetzers é bastante variado, dependendo de sua fabricação e usuário (como por exemplo a Suíça).
A pintura escolhida foi o esquema de emboscada, composto de dark yellow, red brown e olive green, todos da Tamiya.
Foto: O modelo completo pronto para receber os trens e o wheathering.
O wheathering aplicado no modelo consite de um wash de Deck Tan da Tamiya (XF-55), para lhe conferir uma aparência empoeirada. Um pin-wash com tinta à óleo raw umber (sombra natural) aplicado nos rebites e outras saliências do modelo. E manchas escorridas (rain marks) em tinta à óleo raw umber, burnt umber e laranja.
Foto: O modelo com o wheathering aplicado. Note-se a aparência empoeirada, com marcas de escorrido e o pin wash nos rebites e saliências.
Foto: Um close do modelo com os detalhes do wheathering.
Obras consultadas:
Edmundsson, Gary. Modelling the jagdpanzer 38 (t) "Hetzer". Oxford. Osprey. 2004.
Grove, Eric. World war II tanks. London. Orbis. 1976.
Guderian, Heinz. Panzer leader. New York. Ballantine. 1967.
Gudmundson, Bruce I. On armor. London. Praeger. 2004.
www.wikipedia.org/wiki/Hetzer
Atualizado em 04/08/2014